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Antônio Carlos Ruótolo, Ph.D.
O fechamento de lojas (e de shoppings) já era uma tendência nos países mais desenvolvidos há muitos anos. A chegada da epidemia do coronavírus acelerou esta tendência de modo muito expressivo. Nos Estados Unidos o fechamento de lojas chegou a ser de 9 mil lojas de marca fechadas por ano desde 2017 e muitas marcas varejistas simplesmente desapareceram. O mesmo aconteceu na Europa, embora com menos intensidade.
No Brasil, passados anos seguidos de crise econômica, o fechamento de lojas foi relativamente pequeno, mas os planos de expansão ficaram muito tímidos. O retrato mais claro deste cenário foi a enorme vacância que se observa nos shoppings inaugurados mais recentemente. Há vários shoppings com vacância superior a 50% da ABL.
O coronavírus trouxe a tendência mundial para o Brasil e nos próximos dois anos o fechamento de lojas deve ser parte da nossa realidade do comércio, tanto em lojas de shopping como em lojas de rua. Difícil ainda prever quantas lojas irão fechar, mas será uma realidade inevitável.
Todo mercado é local
No momento de fechar algumas lojas, as redes, pequenas ou grandes, tem diante de si o desafio de saber qual loja fechar. Se a decisão for meramente financeira (qual loja dá mais prejuízo) não há desafio nenhum. O problema surge na maioria das lojas que estão perto do ponto de equilíbrio, com pouco lucro ou com um pequeno prejuízo.
Se o critério financeiro prevalecer, a rede estará destruindo valor ao fechar lojas sem tomar em conta outros fatores. O que o varejista precisa entender, acima de tudo, é que todo mercado é local, tem suas próprias peculiaridades. E, se estas peculiaridades forem corretamente consideradas, uma loja que seria fechada pelo critério financeiro poderia permanecer no “portfolio” enquanto que outras, mesmos que ligeiramente lucrativas, seriam melhores candidatas ao fechamento. Um paradoxo. Como pode ser isso ?